quinta-feira, 29 de abril de 2010

Morte - O Grande Momento da Vida





"É apenas isto: se você vai ser humano, tem um monte de coisas no pacote. Olhos, um coração, dias e vida. Mas são os momentos que iluminam tudo. O tempo que você não nota que está passando... é isso que faz o resto valer. (Morte dos Perpétuos)"



A HQ conta a historia da cantora lesbica Foxglove e de sua namorada Hazel. Que fizera um trato com a Morte no passado, para que seu filho Alvie não morresse. A historia tem inicio a partir do momento em que a morte vem cobrar a divida.

Foxglove parte a procura de Hazel, que por sua vez esta na companhia da morte, angustiada pelo falecimento recente de seu agente e figura paterna, e pela necessidade de contar a namorada que não a ama mais. Morte foi criada por Neil Gaiman. Ela é uma dos irmãos mais velhos do Sandman.

Sabe-se que ela encontra com cada um de nos, duas vezes.

Uma no nascimento e outra na morte.

E uma vez a cada cem anos ela passa um dia como mortal, para que com isso ela possa ter uma melhor compreensão da sua missão. E ao final desse dia ela morre.

Essa HQ foi originalmente publicada em 1997 pela editora Abril no formato de minissérie em três partes. Pra mim, a Morte é sem duvida um dos melhores personagens “alternativos” que existem nos vários multiversos. Vale muito apena procurar por essa minissérie nos sebos da vida. Pois não tenho muita esperança de que a Panini Comics venha a publicá-la. E fica ai mais uma dica de uma boa HQ.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Os bons e clássicos Fumetti’s

Às vezes quando entramos em uma revistaria, ficamos tão bitolados em procurar publicações da Marvel e da DC que nos esquecemos de procurar em outras prateleiras, revistas de editoras menos conhecidas. E quando você resolve fazer isso, acaba se surpreendendo e encontrando materiais de primeira.

É o que acontece com Leo Pulp – Detetive Particular. Trata-se de uma publicação de editora Bonelli Comics (que pra quem não conhece, é uma editora italiana que publica as historias do Tex, Mágico Vento e que já publicou Martin Mistery, Dylan Dog e Dampyr, entre outras). Leo Pulp foi criado por Claudio Nizzi (Tex), e conta com os desenhos de Massimo Bonfatti. As historias são cheias de aventura, humor, comedias de costume, além é claro de todos os clichês possíveis do universo policialesco. Mais do que uma sátira ao universo dos romances policiais, Leo Pulp nos leva a nostalgia das historias policial-noir da década de cinqüenta, com seus gansgsters e tudo mais. São três historias, sendo que foram publicadas na Itália nesta ordem: Nº 1 em 2001, Nº 2 em 2005 e Nº 3 em 2007, e que a Mythos Editora esta publicando aqui no Brasil em duas edições. O interessante é que cada arco conta com um colorista diferente, na primeira com o Cesare Buffagni, na segunda com Alessandro Rossini e na terceira com Gian Luca Raimondi, e o detalhe é que a colorização continua com a mesma qualidade. Leo Pulp – Detetive Particular é indicado, para quem esta cheio de ler quadrinhos de super-heróis, e que quer ler algo diferente e divertido.

domingo, 25 de abril de 2010

“Make your favorite music or go fuck yourself.”


O que se pode esperar quando o ex-batera do Nirvana (e líder do Foo Fighters), o ex-baixista do Led Zeppelin e o guitarrista do Queens Of The Stone Age (e do Kyuss) se juntam para tocar e gravam um disco? É de deixar qualquer roqueiro salivando. Mas e o resultado? Está à altura da reputação destes mitos vivos que são Grohl, Jones e Homme? Eu diria que sim.

Pois o álbum que leva apenas o nome da banda, Them Crooker Vultures, conta com 13 faixas do melhor rock que esse Power - trio poderia fazer. Espero que ao contrario de outras bandas que se formaram com grandes músicos e terminaram ou sumiram como Audioslave que durou apenas três ótimos discos e o Velvet Revolver que anda meio desaparecido. E o Them Crooker Vultures tem tudo para mudar essa escrita.

O som é de primeira. Envolvendo o ouvinte da primeira a ultima faixa. Falo isso porque já ouvi o álbum varias vezes e posso garantir que ao contrario de varias bandas de hoje em dia, que quando você ouve o disco e acaba gostando de duas ou três faixas apenas. O Them Crooker Vultures nos faz um desafio, tente escolher apenas uma faixa como favorita, se conseguir.

O vocal de Josh Homme é completamente hipnótico, faz com que você sempre queira ouvir a próxima faixa, e ao termino do álbum deixa sempre aquele gostinho de quero mais. Já a bateria de Dave Grohl ditando o ritmo e o baixo de John Paul Jones guiando os dois pelas maravilhosas trilhas do mais puro rock, torna tudo uma viagem ao inimaginável.

O disco foi lançado no segundo semestre de 2009, e é uma ótima dica pra quem estava com saudade de bandas como Led Zeppelin, Nirvana ou mesmo da faze boa do Queens Of The Stone Age, pois o Them Crooker Vultures não deixa nada a desejar a nenhum fã dessas bandas. Arrisco-me a dizer que o som é até melhor. Como já disse é difícil dizer qual é a melhor faixa do álbum, então eu farei o seguinte, vou deixar você leitor do Planeta Alternativo Magazine e fã da boa musica, ouvir e deixar aqui neste review qual a faixa que você mais gostou se conseguir.



“Gostas do delírio?... baby!”

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Welcome To the World of Munchkin


Se você gosta de card games, mas ta de saco cheio dos jogos de carta que existem por ai. Onde você tem que comprar milhões de cartas, para poder ter um baralho competitivo. Seus problemas acabaram. Existe um card game chamado Munchkin. Ele foi desenvolvido por Steve Jackson(Criador do Sistema GURPS) e ilustrado por John Kovalic (Criador das tiras Dork Tower).

O jogo não é recente. Foi lançado em 2007 no XIV EIRPG, evento esse realizado em São Paulo. E não fica nada a desejar em matéria de divertimento. Mesmo quem nunca ouviu falar de RPG, vai conseguir jogar e se divertir. Pode ser jogado com um numero de 3 a 6 jogadores. Todos começam o jogo com um determinado numero de cartas, e com um ponto cada. Vence o jogo quem chegar à pontuação de dez.

Mas o mais divertido, é que durante o jogo, seus adversários podem te atrapalhar, ajudar ou trapacear. Dependendo dos acordos que você e os outros participantes fizerem durante os combates.

Existem hoje em dia varias versões de Munchkin. Temos o Impossible Munchkin, o Munchkin Bites, o Star Munchkin entre outros.

Infelizmente a editora Devir nos fez o favor de traduzir apenas o primeiro Munchkin, que é medieval. As outras versões só em inglês.

O pior mesmo, é que é muito difícil de encontrar a versão em português para comprar. Mas se você tiver um conhecimento razoável em inglês, vai conseguir se divertir.

Vale apena mesmo procurar pelas caixas. A melhor coisa é que você não precisa ficar comprando aquele mundaréu de cartas.

Apesar de existirem expansões, você não precisa adquiri-las para poder se divertir. Munchkin, diversão para toda família, sendo nerd ou não.

Agora com licença, pois preciso enfrentar um Professor Moribundo Nível 10 com -2 contra Britânico.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Lacrimosa

O Lacrimosa é uma banda alemã, que foi formada em 1989 pelo vocalista Tilo Wolff. E a partir de 1993 recebeu o reforço da vocalista finlandesa Anne Nurmi. Que havia sido contratada como tecladista apenas para uma turnê. E que acabou fazendo parte permanente da banda. Sehnsucht em alemão pode ser traduzido como “saudade”. E esse é o nome do décimo álbum, dessa que é sem duvida uma das melhores bandas de Gothic Metal.

O álbum é muito bom. Não se igualando, em minha opinião, ao álbum Elodia de 1999. Mas não fica nada a desejar. Wolff mostra nesse álbum, um Lacrimosa, um pouco diferente em relação aos anteriores. Uma das diferenças são as musicas, que ficaram mais curtas. E a outra são os riffs de guitarra mais trabalhados. Não que isso seja algo ruim. Ou que descaracterize o som da banda. Muito pelo contraio. Mostra a sua evolução.

O álbum conta com 10 faixas muito bem produzidas. O unico inconveniente em relação ao Lacrimosa, e que me deixa fulo. É que existem pessoas que pegam no pé do Wolff por ele cantar em alemão. Qual o problema? Só porque uma banda entra para o mercado internacional, ela tem que cantar em inglês? O lacrimosa mostra que isso não é necessário.


Gostas do delírio?... Baby!

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Caixa de Pandora

Sabe aquelas coisas boas que acontecem na vida? Uma dessas coisas é quando você faz uma ótima compra em uma comics shop. E melhor ainda com o cartão de credito de um amigo seu!

COMETA Nº4
E para começar temos a revista Cometa, que foi criada por Samicler Gonçalves e que veio como brinde, fazendo com que comprássemos as outras sete, pois a revista que veio é a de Nº 4, ou seja, é bem o meio de um arco de historia. Não tendo assim como fazer um comentário sobre ela. Então caro leitor, não se desespere, assim que recebermos as outras edições estaremos fazendo o seu review, mas fica ai uma dica, tem muito quadrinho brazuca bom por ai, basta procurar.


STARCRAFT – Linha de Frente - Volume 1
Quem nunca jogou ou ouviu falar do jogo para PC chamado STARCRAFT? Então só posso dizer que você é um perdedor HAHAHAHA! (Brincadeira, não precisa parar de ler o post ou fecha a pagina!). Falando sério, em minha opinião, STARCRAFT é um dos melhores jogos de ficção cientifica que já fizeram para PC, mas não estamos aqui para falar do jogo e sim da HQ. A editora Conrad esta trazendo para terras tupiniquins as HQ’s do STARCRAFT. São quatro edições, que ela esta tendo o capricho de traduzir e publicar uma de cada vez (que até o fechamento desse review já haviam lançado as edições de numero dois e três). E que pra mim ao contrario do que fizeram com WARCRAFT e WORLD OF WARCRAFT, o roteiro esta fiel ao jogo. STARCRAFT – Linha de Frente tem em média quatro historias em cada edição. Contando assim com vários roteiristas e desenhistas, que não deixam nada a desejar para qualquer fã do jogo. A revista conta com historias inéditas, retratando com fidelidade a mitologia do jogo, expandindo assim a sua historia. E antes que vocês reclamem comigo, a revista tem capas coloridas e o miolo é em P&B, o que pra mim realça mais os dramas e as cenas de ação. Vale a pena acompanhar a revista.

PRONTUARIO 666
Uma sacada legal que os grandes diretores de filmes estão tendo hoje em dia é a de lançar uma HQ contando o intervalo entre um filme e outro, podendo com isso usar o tempo total das filmagens para trabalhar melhor o roteiro sem rodeios. Isso acontece com o filme Encarnação do Demônio do Zé do Caixão. Prontuário 666 conta o que ocorreu com o personagem enquanto esteve preso, preenchendo assim uma lacuna de 40 anos que ficou entre a Encarnação do Demônio (2008) e o segundo filme Esta Noite Encarnarei no teu Cadáver (1967), que para quem não sabe, trata-se de uma trilogia iniciada em A Meia-Noite Levarei sua Alma (1964). Sou suspeito para dar uma opinião, pois sou fã de carteirinha dos trabalhos do Mojica, mas a HQ é muito boa. O roteiro foi escrito por Samuel Casal e Adriana Brunstein, sendo muito bem trabalhado pelos dois. Os desenhos ficaram a cargo do próprio Samuel, que em uma técnica estilizada de desenho, consegue fazer de uma mera HQ em uma obra de arte. Para quem gosta do gênero e é fã do Zé do Caixão, vale a pena ter esse encadernado na sua coleção.

O DIARIO NEGRO DO TONINHO DO DIABO Nº1
Sabe quando você vê uma revista, chamada de O Diário Negro do Toninho do Diabo, e acha que vai ser uma porcaria. Bom, isso não é o que acontece com essa revista. Toninho é um personagem criado por Antonio Aparecido Firmino. E conta as historias de um homem que vendeu a sua alma e faz serviços para o diabo. E nessa edição de nº1, conta com três historias. Trata-se de uma revista nacional, onde os responsáveis da Editora Vardi incentivam desenhistas a participarem das edições, enviando desenhos referentes ao personagem. E se você se interessou, vá ao site tanto da editora quanto do Toninho e se informe mais: www.editoravardi.com.br ou www.toninhododiabo.com.br. E não se assuste caso você de cara com o Toninho, porque ele esta de olho em sua pessoa há muito tempo.

SAMURAI X (Rurouni Kenshin) – Kenshin KADEN
Kenshin Kaden é a obra definitiva sobre Samurai X, personagem criado por Nobuhiro Watsuki. É uma verdadeira enciclopédia que desvenda todos os segredos de um dos mangas de maior sucesso. Por exemplo: vocês sabem quantas vezes Kenshin Himura disse a expressão “Oro”? A edição conta também com uma historia inédita, sendo ela toda colorida, e o resto das paginas em P&B. Resumindo, Kenshin Kaden é leitura obrigatória para quem se interessa pelo Japão da Era Meiji e seus fascinantes samurais.

HELLBOY – Paragens Exóticas
Hellboy – Paragens Exóticas marca o retorno de Mike Mignola aos desenhos de seu surreal personagem. Porque desde O Verme Vencedor de 2002, lançado aqui em 2005, ele não assumia o lápis nas historias. Em minha opinião, Mignola não deveria abandonar os desenhos, pois só ele sabe caracterizar o Hellboy como ele deve ser. Já o roteiro, sem comentários, pois quem já leu uma historia do Hellboy, sabe que o roteiro não fica nada a desejar, e quem nunca leu, vá atrás, porque eu garanto que não vai se arrepender. A revista conta com duas historias: O Terceiro Desejo e A Ilha, e ainda tem um epílogo e alguns comentários do autor, assim como alguns esboços. O único ponto negativo, é que você tem que acompanhar todas as edições. Por que apesar de serem encadernados, elas têm uma continuidade cronológica impecável. Vale a pena acompanhar as edições do Hellboy.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Slash


Às vezes esperamos tanto uma coisa, e quando ela chega. Não é bem o que achávamos que iria ser. Falo isso pelo trabalho solo do guitarrista Slash (que pra quem não conhece, foi um dos integrantes da banda de hard rock Guns N’ Roses).

O álbum ao invés de ser chamado de Slash & Amigos. Bem que poderia se chamar “Amigos convidam Slash pra tocar”.

O cd conta com 14 faixas, sendo que cada faixa conta com um ou dois convidados. As musicas são boas. Mas o cd ficou mais com cara de coletânea de bandas, do que cd solo com convidados. O motivo é que cada faixa tem o estilo de cada convidado. Porque se você ouve a faixa com o Chris Cornell, é como se estivéssemos ouvindo o Audioslave. Na faixa que conta com a participação do Ian Astbury, é The Cult puro. Assim acontece com as demais faixas.

O que acaba deixando um pouco a desejar. Pois sabemos da competência do Slash. Basta ouvir os álbuns da época do Slash’s Snakepit e Velvet Revolver, que apesar do segundo álbum não se igualar ao primeiro, mas ainda sim melhor que este solo.

O álbum não é ruim, mas como já disse, não passa de uma coletânea. Vai do gosto de cada um.

O ruim mesmo, é que com o “fim” do GNR, nenhum dos ex-membros conseguiu emplacar sucesso algum. Até o retorno do GNR, só com o vocalista Axel Rose, não surtiu efeito algum em matéria de canções novas. Basta ouvir o cd Chinese Democracy.

O que resta é ter esperança que um dia eles possam mostrar para os fãs, que a vida continua, e que eles possuem competência para criarem materiais melhores do que o que vêm fazendo.


Gostas do delirio?.... Baby!

H.O.T.D.


Pra começo de conversa, eu não sou um aficionado por mangá. Não que eu não goste. Ou que seja horrível ler de traz para frente, como muitos reclamam. O que não me agrada muito, é que existem muitas edições com roteiros muito parecidos. Isso acaba sendo chato, porque às vezes só muda os personagens, mas o enredo principal continua o mesmo. Mas de vez em quando, aparece algo que me cativa a ler essas revistas de formato pocket. E que possuem uma grande diferença com relação às edições americanas. O que me agrada muito. Elas têm começo, meio e fim!

A revista em pauta é Highschool of the Dead. Isso mesmo, mortos-vivos. Esse é um tema que qualquer roteirista pode explorar facilmente, desde que conheça o assunto.

A revista começa como qualquer bom filme de zumbi. Do nada, os mortos estão caminhado pelas cidades, e fazendo as suas vitimas. A diferença, como o próprio nome da revista já indica, é que tudo começa em um colégio japonês.

O roteirista Daisuke Sato faz uso de todos os conhecimentos e referencias disponíveis sobre o tema. Mas ao contrario do que se possa pensar, que com isso a historia ficaria maçante. Muito pelo contrario, porque além dos sobreviventes terem que combater a infestação. Eles têm que enfrentar outros sobreviventes que querem se aproveitar da situação para se tornarem lideres.

E tudo isso desenhado por Shouji Sato. Que manda muito bem nos desenhos. Principalmente nas cenas em que aparecem vários necrófilos caminhado pelas ruas. Essa serie começou a ser publicada em 2007 no Japão e agora em 2010 a editora Panini Comics esta trazendo para terras tupiniquins. Se você caro leitor quiser acompanhar a saga desde o começo. Ainda da tempo, pois a edição numero um, chegou às bancas no final de março.

O único ponto ruim, é que a revista vai ser bimestral, para não ocasionar de a edição brasileira alcançar à japonesa. Pra quem não se lembra, isso ocorreu com a revista Vagabond, ocasionando na época, atraso de vários meses para que as ultimas edições chegassem às bancas.

E tem outra noticia muito boa sobre H.O.T.D.. É que cogitasse que agora em outubro vai sair o anime. E nesse link http://www.youtube.com/watch?v=Kl6cNSBg3Wg&feature=related dá para se ter uma previa de como vai ser. Agora é só esperar. Enquanto isso vou saborear a minha tigela matinal de cérebros frescos.