Nessa quinta-feira passada (26/01/2012), teve inicio uma
exposição de fotografias na Pinacoteca Municipal de Jaboticabal. Essas fotos
fazem parte de um projeto que o fotografo José Mario iniciou em 2000. Onde ele
fotografou os túmulos dos cemitérios que circundam Jaboticabal. Mais precisamente
as esculturas que ornamentam esses túmulos. A exposição foi feita no próprio cemitério,
somente no dia de finados. E não foi exposta em local nenhum. No final de 2011,
o diretor do Prever (que propôs a idéia também em 2000), propôs ao Zé Mario que
refizesse essa exposição, só que agora exposta em um local fechado.
Então o próprio
Zé Mario propôs que as fotos fossem tiradas por outros fotógrafos da cidade, e
que a sua participação seria mínima nesse projeto, contando apenas com as fotos
do crematório tiradas por ele. Proposta feita e apenas um aceitou, mais precisamente
a fotografa Rafaela Gabriel. Ela refez as fotos com a mesma competência que o Zé
Mario teve quando as tirou pela primeira vez. E pra completar, na primeira vez
a Sonia Pavanelli havia colocado alguns textos juntos das fotos. Como se fossem
“resenhas” sobre cada foto. Dessa vez ela participa também, mas ao invés de resenhas,
ela colocou perguntas.
Perguntas essas que faz com que o espectador questione não só
as fotos que ali estão, mas todo o simbolismo que um local sagrado como um cemitério
possui. Tive o privilégio de ser escalado para tal exposição, e posso dizer que
não me arrependo de ter ido. Então caro leitor, se você quiser aproveitar esse
resto de férias escolares, venha até a Pinacoteca Municipal de Jaboticabal, e
aprecie uma ótima exposição.
O endereço é o seguinte: Parca Duílio Poli, bairro Nova
Jaboticabal em Jaboticabal.
O horário de atendimento é de segunda a sexta-feira das
08:00 as 12:00 e 13:30 as 17:00
E a exposição fica até o dia 16 de Fevereiro.
(fotos retiradas antes do abertura)
“O mármore não morre,
apenas fica
triste com o
passar dos
anos,
ganhando uma
tonalidade cinza,
da cor da morte.”
Que face tem a morte?
Que feições carrega ela?
Que arte é essa capaz de materializar
sentimentos que não são palpáveis?
Esta exposição não traz respostas.
Traz perguntas.
A cada um, o direito de refletir, se aproximar ou
manter distancia dessa morte que a arte e o
olhar incomum enchem de vida.
São recortes feitos pela emoção de olhares de
arte que mostram o quanto de vida há na
morte vista pelo coração e revista pelos
sentimentos de cada artista: o plástico, o
fotografo, o leigo.