Olá jogadores, leitores e curiosos!!
Mais um relato de campanha. A sessão ocorreu na Sexta-Feira Santa de muita chuva, mas muita coragem dos meus jogadores.
Foi uma sessão mais de investigações e descobertas do que pancadaria (tá, houve um combatezinho, mas foi muito fácil que nem conta).
Espero que gostem..
Capítulo III: Shinsei na Sakura: o
lócus é uma árvore? Negociando com espíritos e muitas descobertas!
[eventos ocorridos na terceira sessão]
O cansaço e
ferimentos sofridos na batalha contra os Beshilu obrigaram a alcatéia a passar
a noite no velho templo, mas não sem antes enterrarem o corpo do sacerdote no
pequeno cemitério atrás do templo, que sofreu violações, e a causa parece que
foi um espírito da enfermidade que fugiu do Reino das Sombras e passou por
aqui.
No dia seguinte, revitalizados, sentiram
novamente a energia espiritual na floresta, seguiram seu faro e encontraram uma
árvore sagrada xintoísta, a fonte desta energia. Algo estranho estava
acontecendo, pois era Primavera em Anan e a árvore parecia que estava no Outono.
Confirmaram que este era um lócus e que permitiria a entrada da alcatéia no
Reino das Sombras. E a alcatéia atravessou o Dromo.
O reflexo do lócus no
mundo espiritual era idêntico ao mundo físico, mas havia uma pequena diferença:
uma liana estava entrelaçada em torno da árvore, e sugava sua essência. Os
Urathas reconheceram o espírito-natural e o prejuízo que ele estava causando ao
lócus. Houve tentativas amigáveis de convencê-lo a deixar o lócus em paz, mas
não surtiram efeito, pois o espírito estava tão dependente do lócus e sua fácil
essência que não o abandonava. A outra alternativa foi convencê-lo à força, e
os Urathas o fizeram tão bem que não sobrou nenhum espírito para contar
história.
Salvaram o Lócus, mas
outro problema surgiu: um grupo de diversos espíritos de plantas e árvores chegou
ao local e descobriram que os Urathas voltaram e reclamaram o lócus e sua
região. Um acordo foi feito e os espíritos voltaram aos seus afazeres e não seriam
molestados enquanto não atrapalhassem a alcatéia.
A alcatéia decidiu
reclamar o Shinden no Oka (O Templo da Colina) como seu lar e a Shinsei na
Sakura (Árvore Cerejeira Sagrada) como seu lócus, demarcando toda a colina e
suas áreas florestais como seu lar. Este foi o primeiro passo para reconquistar
a glória Uratha.
Enquanto
isso, na cidade de Anan, um incêndio ocorreu em um hotel, aonde Anastásia havia
se hospedado. Yashiro acrescentou que havia se hospedado, durante o mês
passado, em outro hotel, que também pegou fogo. Investigou o ocorrido e
descobriu que alguns espíritos elementais foram os responsáveis.
Notícias
de corpos que foram encontrados dilacerados por alguma espécie de animal também
chegaram à alcatéia. Anastásia investigou o necrotério local e descobriu que os
ferimentos foram feitos por algum Uratha. Notou também que alguns cadáveres do
local estavam em avançada decomposição, mesmo nas câmaras frias, mas não
conseguiu descobrir o motivo.
Quando
investigou sobre os incêndios, Yashiro recebeu a visita de uma Uratha que
pertencia à tribo Garra de Marfim das Tribos Puras. A misteriosa Uratha deu um
prazo de um ciclo lunar para que Yashiro e sua ‘turma’ deixassem Anan senão
iriam sofrer a fúria das Tribos Puras, que desejavam reclamar Tokushima para
si. Estavam em local público e não podiam arriscar revelar quem eram, então,
cada Uratha seguiu seu caminho. A alcatéia não se intimidou e decidiu lutar
pelo território – território este ainda não conquistado.
Os
problemas em Anan só estavam aumentando.
Anastásia
foi contatada pelo vendedor de lámen que conhecia Koeda Ryo, e comentou que o viu
esses dias na cidade, e que ele fugiu quando se aproximou. Anastásia agradeceu
e de posse de algumas informações adicionais, levou a alcatéia até um pequeno
prédio de quartos para estudantes.
Yashiro
e Anastásia acharam o quarto de Ryo e descobriam que ele fugiu às pressas, mas encontraram
um retrato com três pessoas: dois garotos e uma garota. Anastásia reconheceu um
dos garotos como Sueji Konta, um dos membros da alcatéia Kamegin – mortos na
batalha contra Uniushitora. Yashiro reconheceu a garota de um retrato na casa
de uma velha senhora visitada pela alcatéia dias atrás, Matsuo Yoko. Por
dedução, o outro seria Koeda Ryo.
Enquanto
isso, Kurayami e Ychigo notaram que um espírito seguiu um estudante do local, se
encontrou com outro garoto na esquina e ambos foram embora. No quarto que o
estudante saiu, viram garrafas, vidros e espelhos quebrados e espalhados em uma
forma geográfica. Haviam espíritos vítreos agindo aqui.
Quando
viram o retrato, Kurayami e Ychigo, comentaram que um dos garotos seguido pelo
espírito vítreo era o mesmo da foto: Koeda Ryo.
Esclarecendo:
Reino das Sombras, Loci e Espíritos
Existe um mundo além do nosso, nosso
reflexo, o mundo espiritual. Tudo que tem aqui tem uma imagem lá, porém, esta
imagem é um pouco diferente, com sombras mais alongadas, alguns cenários um
pouco abstratos ou quase estilizados e outros bem nítidos. Alguns locais podem
não existir, mas outros, muito utilizados no nosso mundo, são exagerados no seu
reflexo espiritual.
A
natureza, os animais, as plantas e até as emoções tem reflexos neste mundo, mas
não há pessoas – suas almas não pertencem a este lugar.
O
Dromo é uma barreira que separa os dois mundos. Ele resiste às tentativas de
travessias entre os mundos, mesmo nas áreas onde ele é mais fraco. Apenas em um
lócus é que a travessia é possível.
Um
lócus (pl. loci) é um local concentrado de energia espiritual no mundo físico
que detêm certas qualidades ou ressonâncias. São fontes de essência (a energia
espiritual, utilizada pelos lobisomens para ativar seus poderes e serve de
alimento para espíritos) e atraem espíritos do tipo de energia relacionada.
O
lócus encontrado pela alcatéia dos jogadores é um local de energia relacionada
às plantas; e quanto maior for sua folhagem, mais essência ele provém. O
espírito liana que se entrelaçava no lócus estava se esbaldando da essência e
deixou o lócus fraco. Agora, sem a presença deste parasita, a folhagem do lócus
vai se reformar com o passar dos dias.
Os
habitantes do mundo espiritual são... espíritos! Eles refletem o mundo físico
em forma e substância. Nem tudo que é refletido desperta em um espírito. Eles
são aliados e adversários para os lobisomens e agem conforme sua representação.
Os espíritos possuem sua própria hierarquia e divisão. Os espíritos de mesmo
tipo costumam viver em locais que emanem a mesma ressonância que representam.
Alguns
espíritos podem passar para o mundo físico e influenciar algumas pessoas,
chegando em alguns casos a se fundirem com essas pessoas, que perdem sua alma e
formam um corpo físico para o espírito.
Outros
os espíritos chegam a assimilar tipos diferentes de espíritos e se tornam formas
mutantes e bizarras dos dois tipos, conhecidos como magaths.
Outros
tipos são os da natureza, os artificiais, os elementais, os conceituais
(emoções na maioria) e os servos de Luna, a lua e Hélios, o sol.
Todos os espíritos
possuem certas interdições: leis invioláveis que regem sua própria natureza e
que não podem ir contra ela. Descobrir a interdição de um espírito é o melhor
método para derrotá-lo.
Os lobisomens têm a
obrigação de policiar os dois mundos e prevenir que esses e outros atos fora da
ordem natural das coisas aconteçam.
Até o próximo post meus caros leitores!... e só um aviso, nunca andem só em noites de lua cheia!
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