segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Exposição Fotográfica - A Arte Que Dá Vida A Morte.


Nessa quinta-feira passada (26/01/2012), teve inicio uma exposição de fotografias na Pinacoteca Municipal de Jaboticabal. Essas fotos fazem parte de um projeto que o fotografo José Mario iniciou em 2000. Onde ele fotografou os túmulos dos cemitérios que circundam Jaboticabal. Mais precisamente as esculturas que ornamentam esses túmulos. A exposição foi feita no próprio cemitério, somente no dia de finados. E não foi exposta em local nenhum. No final de 2011, o diretor do Prever (que propôs a idéia também em 2000), propôs ao Zé Mario que refizesse essa exposição, só que agora exposta em um local fechado. 
Então o próprio Zé Mario propôs que as fotos fossem tiradas por outros fotógrafos da cidade, e que a sua participação seria mínima nesse projeto, contando apenas com as fotos do crematório tiradas por ele. Proposta feita e apenas um aceitou, mais precisamente a fotografa Rafaela Gabriel. Ela refez as fotos com a mesma competência que o Zé Mario teve quando as tirou pela primeira vez. E pra completar, na primeira vez a Sonia Pavanelli havia colocado alguns textos juntos das fotos. Como se fossem “resenhas” sobre cada foto. Dessa vez ela participa também, mas ao invés de resenhas, ela colocou perguntas.
Perguntas essas que faz com que o espectador questione não só as fotos que ali estão, mas todo o simbolismo que um local sagrado como um cemitério possui. Tive o privilégio de ser escalado para tal exposição, e posso dizer que não me arrependo de ter ido. Então caro leitor, se você quiser aproveitar esse resto de férias escolares, venha até a Pinacoteca Municipal de Jaboticabal, e aprecie uma ótima exposição.

O endereço é o seguinte: Parca Duílio Poli, bairro Nova Jaboticabal em Jaboticabal.
O horário de atendimento é de segunda a sexta-feira das 08:00 as 12:00 e 13:30 as 17:00
E a exposição fica até o dia 16 de Fevereiro.
(fotos retiradas antes do abertura)



“O mármore não morre, 
apenas fica 
triste com o 
passar dos anos, 
ganhando uma 
tonalidade cinza, 
da cor da morte.”

Que face tem a morte?
Que feições carrega ela?
Que arte é essa capaz de materializar
sentimentos que não são palpáveis?
Esta exposição não traz respostas.
Traz perguntas.

A cada um, o direito de refletir, se aproximar ou
manter distancia dessa morte que a arte e o
olhar incomum enchem de vida.

São recortes feitos pela emoção de olhares de
arte que mostram o quanto de vida há na
morte vista pelo coração e revista pelos
sentimentos de cada artista: o plástico, o
fotografo, o leigo.

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