sábado, 19 de julho de 2014

RPG - Lobisomem os Destituídos (Terceira Sessão)

Olá jogadores, leitores e curiosos!!

Mais um relato de campanha. A sessão ocorreu na Sexta-Feira Santa de muita chuva, mas muita coragem dos meus jogadores.

Foi uma sessão mais de investigações e descobertas do que pancadaria (tá, houve um combatezinho, mas foi muito fácil que nem conta).

Espero que gostem..

Capítulo III: Shinsei na Sakura: o lócus é uma árvore? Negociando com espíritos e muitas descobertas!
[eventos ocorridos na terceira sessão]

O cansaço e ferimentos sofridos na batalha contra os Beshilu obrigaram a alcatéia a passar a noite no velho templo, mas não sem antes enterrarem o corpo do sacerdote no pequeno cemitério atrás do templo, que sofreu violações, e a causa parece que foi um espírito da enfermidade que fugiu do Reino das Sombras e passou por aqui.

No dia seguinte, revitalizados, sentiram novamente a energia espiritual na floresta, seguiram seu faro e encontraram uma árvore sagrada xintoísta, a fonte desta energia. Algo estranho estava acontecendo, pois era Primavera em Anan e a árvore parecia que estava no Outono. Confirmaram que este era um lócus e que permitiria a entrada da alcatéia no Reino das Sombras. E a alcatéia atravessou o Dromo.
O reflexo do lócus no mundo espiritual era idêntico ao mundo físico, mas havia uma pequena diferença: uma liana estava entrelaçada em torno da árvore, e sugava sua essência. Os Urathas reconheceram o espírito-natural e o prejuízo que ele estava causando ao lócus. Houve tentativas amigáveis de convencê-lo a deixar o lócus em paz, mas não surtiram efeito, pois o espírito estava tão dependente do lócus e sua fácil essência que não o abandonava. A outra alternativa foi convencê-lo à força, e os Urathas o fizeram tão bem que não sobrou nenhum espírito para contar história.

Salvaram o Lócus, mas outro problema surgiu: um grupo de diversos espíritos de plantas e árvores chegou ao local e descobriram que os Urathas voltaram e reclamaram o lócus e sua região. Um acordo foi feito e os espíritos voltaram aos seus afazeres e não seriam molestados enquanto não atrapalhassem a alcatéia.
A alcatéia decidiu reclamar o Shinden no Oka (O Templo da Colina) como seu lar e a Shinsei na Sakura (Árvore Cerejeira Sagrada) como seu lócus, demarcando toda a colina e suas áreas florestais como seu lar. Este foi o primeiro passo para reconquistar a glória Uratha.

            Enquanto isso, na cidade de Anan, um incêndio ocorreu em um hotel, aonde Anastásia havia se hospedado. Yashiro acrescentou que havia se hospedado, durante o mês passado, em outro hotel, que também pegou fogo. Investigou o ocorrido e descobriu que alguns espíritos elementais foram os responsáveis.
            Notícias de corpos que foram encontrados dilacerados por alguma espécie de animal também chegaram à alcatéia. Anastásia investigou o necrotério local e descobriu que os ferimentos foram feitos por algum Uratha. Notou também que alguns cadáveres do local estavam em avançada decomposição, mesmo nas câmaras frias, mas não conseguiu descobrir o motivo.
            Quando investigou sobre os incêndios, Yashiro recebeu a visita de uma Uratha que pertencia à tribo Garra de Marfim das Tribos Puras. A misteriosa Uratha deu um prazo de um ciclo lunar para que Yashiro e sua ‘turma’ deixassem Anan senão iriam sofrer a fúria das Tribos Puras, que desejavam reclamar Tokushima para si. Estavam em local público e não podiam arriscar revelar quem eram, então, cada Uratha seguiu seu caminho. A alcatéia não se intimidou e decidiu lutar pelo território – território este ainda não conquistado.
            Os problemas em Anan só estavam aumentando.

            Anastásia foi contatada pelo vendedor de lámen que conhecia Koeda Ryo, e comentou que o viu esses dias na cidade, e que ele fugiu quando se aproximou. Anastásia agradeceu e de posse de algumas informações adicionais, levou a alcatéia até um pequeno prédio de quartos para estudantes.
            Yashiro e Anastásia acharam o quarto de Ryo e descobriam que ele fugiu às pressas, mas encontraram um retrato com três pessoas: dois garotos e uma garota. Anastásia reconheceu um dos garotos como Sueji Konta, um dos membros da alcatéia Kamegin – mortos na batalha contra Uniushitora. Yashiro reconheceu a garota de um retrato na casa de uma velha senhora visitada pela alcatéia dias atrás, Matsuo Yoko. Por dedução, o outro seria Koeda Ryo.
            Enquanto isso, Kurayami e Ychigo notaram que um espírito seguiu um estudante do local, se encontrou com outro garoto na esquina e ambos foram embora. No quarto que o estudante saiu, viram garrafas, vidros e espelhos quebrados e espalhados em uma forma geográfica. Haviam espíritos vítreos agindo aqui.
            Quando viram o retrato, Kurayami e Ychigo, comentaram que um dos garotos seguido pelo espírito vítreo era o mesmo da foto: Koeda Ryo.


Esclarecendo: Reino das Sombras, Loci e Espíritos
Existe um mundo além do nosso, nosso reflexo, o mundo espiritual. Tudo que tem aqui tem uma imagem lá, porém, esta imagem é um pouco diferente, com sombras mais alongadas, alguns cenários um pouco abstratos ou quase estilizados e outros bem nítidos. Alguns locais podem não existir, mas outros, muito utilizados no nosso mundo, são exagerados no seu reflexo espiritual.
            A natureza, os animais, as plantas e até as emoções tem reflexos neste mundo, mas não há pessoas – suas almas não pertencem a este lugar.
            O Dromo é uma barreira que separa os dois mundos. Ele resiste às tentativas de travessias entre os mundos, mesmo nas áreas onde ele é mais fraco. Apenas em um lócus é que a travessia é possível.

            Um lócus (pl. loci) é um local concentrado de energia espiritual no mundo físico que detêm certas qualidades ou ressonâncias. São fontes de essência (a energia espiritual, utilizada pelos lobisomens para ativar seus poderes e serve de alimento para espíritos) e atraem espíritos do tipo de energia relacionada.
            O lócus encontrado pela alcatéia dos jogadores é um local de energia relacionada às plantas; e quanto maior for sua folhagem, mais essência ele provém. O espírito liana que se entrelaçava no lócus estava se esbaldando da essência e deixou o lócus fraco. Agora, sem a presença deste parasita, a folhagem do lócus vai se reformar com o passar dos dias.

            Os habitantes do mundo espiritual são... espíritos! Eles refletem o mundo físico em forma e substância. Nem tudo que é refletido desperta em um espírito. Eles são aliados e adversários para os lobisomens e agem conforme sua representação. Os espíritos possuem sua própria hierarquia e divisão. Os espíritos de mesmo tipo costumam viver em locais que emanem a mesma ressonância que representam.
            Alguns espíritos podem passar para o mundo físico e influenciar algumas pessoas, chegando em alguns casos a se fundirem com essas pessoas, que perdem sua alma e formam um corpo físico para o espírito.
            Outros os espíritos chegam a assimilar tipos diferentes de espíritos e se tornam formas mutantes e bizarras dos dois tipos, conhecidos como magaths.
            Outros tipos são os da natureza, os artificiais, os elementais, os conceituais (emoções na maioria) e os servos de Luna, a lua e Hélios, o sol.
Todos os espíritos possuem certas interdições: leis invioláveis que regem sua própria natureza e que não podem ir contra ela. Descobrir a interdição de um espírito é o melhor método para derrotá-lo.
Os lobisomens têm a obrigação de policiar os dois mundos e prevenir que esses e outros atos fora da ordem natural das coisas aconteçam.


Até o próximo post meus caros leitores!... e só um aviso, nunca andem só em noites de lua cheia!

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