terça-feira, 8 de julho de 2014

RPG - Lobisomem Os Destituídos (segunda sessão)

Capítulo II: Shinden no Oka: o templo da colina que emana energia espiritual
[eventos ocorridos na segunda sessão]
A alcatéia encontrou nos limites da cidade de Anan o caminho para o isolado templo xintoísta Shinden no Oka (O Templo da Colina). Uma escada esculpida na pedra subia a colina, sobreposta por alguns arcos vermelhos e cercada por árvores. No topo havia uma grande área calçada de pedra com um pequeno templo cercado por cordas e selos com várias oferendas e ao fundo uma pequena construção. Ajoelhados no pequeno templo havia um casal orando.

Descobriu-se pelo casal que o templo era pouco visitado, inclusive pelos poucos habitantes da base da colina. Receberam de conselho para tomarem cuidado, pois havia boatos de pessoas que ultimamente estavam agindo estranhamente e algumas inclusive desapareceram sem deixarem vestígios, inclusive o sacerdote deste templo, que não era visto há dias.
A construção possuía apenas dois cômodos grandes e espaçosos: uma sala de orações e outra de oferendas. Sentiram emanações espirituais em alguns pontos no local, mas não conseguiram determinar com exatidão sua localização. E para ajudar a noite desceu e não havia iluminação no local.
Decidiram voltar no dia seguinte.

Ao amanhecer, Anastásia resolveu alugar um automóvel para facilitar a movimentação da alcatéia pela cidade, e ao visitar uma concessionária se depara com alguns problemas: os funcionários diziam que não sabiam o que aconteceu, mas todos os veículos da concessionária e vizinhança não funcionavam e nenhum mecânico conseguiu resolver o problema.
Yashiro vislumbrou o Reino das Sombras através do Dromo para descobrir que um espírito Magath com a forma de um automóvel com patas de aranha no lugar das rodas, estava dominando os espíritos locais. Mais do que depressa a alcatéia precisava encontrar um lócus para poderem entrar no Reino das Sombras e consertar essa aberração espiritual.

Nesse ínterim, Shugorei Kurayami, um ex-monge maltrapilho chegou na cidade e conseguiu contato com a alcatéia, e ouviu com atenção sobre os objetivos, buscas e descobertas de Yashiro e decidiu dar uma chance ao Uratha. Houve certo rancor entre o recém-chegado e os outros membros da alcatéia, mas nada tão grave que não possa ser deixado de lado em prol das metas de Yashiro.

A alcatéia retornou ao templo da colina e houve nova sondagem em busca de energias espirituais. Yashiro acreditava firmemente que havia um lócus aqui, mas tudo que conseguiram encontrar foram três fontes de energia dispersas na área, além de uma quarta fonte em direção da floresta que circunda o local.
Oculto na própria construção do pequeno templo, a alcatéia encontrou um pergaminho lacrado, além de um sino de metal na entrada da sala de orações. Ambos são fetiches e deveriam ser estudados com calma.
Houve uma forte luz vinda da construção que revelou que um espírito do fogo fugiu do Reino das Sombras. Anastásia o perseguiu para descobrir que ele se engajou com um espírito serpente e ambos desapareceram numa explosão de fogo. Kurayami observou o Dromo e descobriu que ele está fraco, com rupturas e alguns espíritos tentavam atravessa-lo. Algo estava afetando o Dromo e precisava ser detido.

Enquanto isso, Yashiro e Ychigo encontraram um alçapão oculto por um tatame na sala de orações, e desceram por ele, se deparando com uma ninhada de Beshilu (humanóides ratos que vivem de restos, roem o Dromo e odeiam os Urathas). As criaturas queriam proteger seu ninho e tentaram expulsar os dois, obtendo êxito e deixando os Urathas muito feridos, mas não tanto quanto o orgulho.
Reunindo-se com o resto da alcatéia, perceberam que a causa do Dromo estar danificado é pela presença dos Beshilu, e os quatro investiram novamente no ninho das criaturas. Desta vez a vantagem foi dos Urathas que conseguiram eliminar a hoste de ratos.

No porão eles encontraram os restos de um corpo de vestes religiosas – o sacerdote desaparecido deste templo. Também encontraram a terceira fonte de energia espiritual: alguns fetiches danificados e outros destruídos, roídos pelos ratos.

O lócus não era aqui, concluíram, restando agora investigarem a fonte de energia espiritual da floresta.

Quem é Quem: Personagem Jogador

Shugorei Kurayami, da tribo Aqueles que Caçam nas Trevas, nascido sob o augúrio Irraka (Lua Nova)
Kurayami é um ex-monge xintoísta e era membro da alcatéia Byakuren (Lótus Branca) na província de Tokushima. Sua alcatéia era mista, composta por Aqueles que Caçam nas Trevas e Senhores das Tempestades.
A maior das alcatéias da região, Byakuren (Lótus Branca), era subdividida em duas alcatéias menores: Yoake (Amanhecer) e Yügure (Entardecer), e foi na região do Gin no Taki (Cachoeira Prateada) que Oniushitora surgiu pela primeira vez, dominando a região. Com a união das sete alcatéias de Tokushima e a derrota do poderoso Incarnae Magath, a cachoeira, um poderoso lócus, foi destruída.
Apenas um membro do Amanhecer sobreviveu, Kurayami, e apenas um membro do Entardecer sobreviveu, Watari Sanosuke, um Senhor das Tempestades.
Kurayami se isolou nas montanhas, longe da civilização e das tradições do povo Uratha.
Recebeu a visita de Sanosuke, que lhe explicou que um Uratha de fora pretendia reunir os Urathas espalhados de Tokushima e formar uma nova alcatéia para proteger a província. Sanosuke não se interessou pelo forasteiro vir se intrometer no território deles, mas não podia impedir Kurayami de se unir a eles se desejasse.
            Meses de isolamento podiam fazer mal a Kurayami, e a chance de pertencer a uma nova família seria uma tentativa de relembrar os bons momentos com sua antiga alcatéia.
            Jogador: Fabrício Couto

Quem é Quem: Antagonista Beshilu

As hostes do Rato são aspectos da loucura de um antigo inimigo do Pai Lobo, o Rei da Pestilência, que ao ser confrontado dividiu-se em milhares de fragmentos e implantou cada um deles no corpo de um rato vivo do mundo físico, perdendo sua ligação com o mundo espiritual.
Os Beshilu odeiam os Uratha e vivem em grandes chusmas que podem com o tempo e canibalismo assumir outros aspectos, mais poderosos e mais inteligentes. É raro que sejam tão fortes quantos os Urathas, mas quando passam a viver em grandes grupos deixam de fugir, passando a caçá-los e confrontá-los. Outros preferem apenas roer o Dromo, facilitando a travessia de espíritos do Reino das Sombras para o mundo físico, na louca esperança de reconstruir a entidade que costumavam ser antes. Quando destruídos, uma ninhada de ratos deixa seus corpos, e se apenas um deles conseguir fugir, poderá tentar reconstruir a hoste em outro local.

A ninhada Beshilu que a alcatéia encontrou era pequena, com apenas dois membros formados. Estavam mais preocupados em roer o Dromo do que enfrentar os Urathas, mas devido à situação, lutaram para se defender. Infelizmente para a alcatéia, vários ratos da ninhada conseguiram fugir e podem voltar algum dia.


 Bom caro leitor, em breve a terceira sessão... e cuidado ao sair em noite de lua cheia!

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