Capítulo
II: Shinden no Oka: o templo da colina que emana energia espiritual
[eventos ocorridos na segunda sessão]
A alcatéia encontrou nos limites da cidade de
Anan o caminho para o isolado templo xintoísta Shinden no Oka (O Templo da
Colina). Uma escada esculpida na pedra subia a colina, sobreposta por alguns
arcos vermelhos e cercada por árvores. No topo havia uma grande área calçada de
pedra com um pequeno templo cercado por cordas e selos com várias oferendas e
ao fundo uma pequena construção. Ajoelhados no pequeno templo havia um casal orando.
Descobriu-se pelo
casal que o templo era pouco visitado, inclusive pelos poucos habitantes da
base da colina. Receberam de conselho para tomarem cuidado, pois havia boatos
de pessoas que ultimamente estavam agindo estranhamente e algumas inclusive
desapareceram sem deixarem vestígios, inclusive o sacerdote deste templo, que
não era visto há dias.
A construção possuía
apenas dois cômodos grandes e espaçosos: uma sala de orações e outra de
oferendas. Sentiram emanações espirituais em alguns pontos no local, mas não
conseguiram determinar com exatidão sua localização. E para ajudar a noite desceu
e não havia iluminação no local.
Decidiram voltar no
dia seguinte.
Ao amanhecer,
Anastásia resolveu alugar um automóvel para facilitar a movimentação da alcatéia
pela cidade, e ao visitar uma concessionária se depara com alguns problemas: os
funcionários diziam que não sabiam o que aconteceu, mas todos os veículos da
concessionária e vizinhança não funcionavam e nenhum mecânico conseguiu
resolver o problema.
Yashiro vislumbrou o
Reino das Sombras através do Dromo para descobrir que um espírito Magath com a
forma de um automóvel com patas de aranha no lugar das rodas, estava dominando
os espíritos locais. Mais do que depressa a alcatéia precisava encontrar um lócus
para poderem entrar no Reino das Sombras e consertar essa aberração espiritual.
Nesse ínterim,
Shugorei Kurayami, um ex-monge maltrapilho chegou na cidade e conseguiu contato
com a alcatéia, e ouviu com atenção sobre os objetivos, buscas e descobertas de
Yashiro e decidiu dar uma chance ao Uratha. Houve certo rancor entre o
recém-chegado e os outros membros da alcatéia, mas nada tão grave que não possa
ser deixado de lado em prol das metas de Yashiro.
A alcatéia retornou
ao templo da colina e houve nova sondagem em busca de energias espirituais.
Yashiro acreditava firmemente que havia um lócus aqui, mas tudo que conseguiram
encontrar foram três fontes de energia dispersas na área, além de uma quarta
fonte em direção da floresta que circunda o local.
Oculto na própria
construção do pequeno templo, a alcatéia encontrou um pergaminho lacrado, além
de um sino de metal na entrada da sala de orações. Ambos são fetiches e deveriam
ser estudados com calma.
Houve uma forte luz
vinda da construção que revelou que um espírito do fogo fugiu do Reino das
Sombras. Anastásia o perseguiu para descobrir que ele se engajou com um
espírito serpente e ambos desapareceram numa explosão de fogo. Kurayami observou
o Dromo e descobriu que ele está fraco, com rupturas e alguns espíritos tentavam
atravessa-lo. Algo estava afetando o Dromo e precisava ser detido.
Enquanto isso,
Yashiro e Ychigo encontraram um alçapão oculto por um tatame na sala de
orações, e desceram por ele, se deparando com uma ninhada de Beshilu
(humanóides ratos que vivem de restos, roem o Dromo e odeiam os Urathas). As
criaturas queriam proteger seu ninho e tentaram expulsar os dois, obtendo êxito
e deixando os Urathas muito feridos, mas não tanto quanto o orgulho.
Reunindo-se com o
resto da alcatéia, perceberam que a causa do Dromo estar danificado é pela
presença dos Beshilu, e os quatro investiram novamente no ninho das criaturas.
Desta vez a vantagem foi dos Urathas que conseguiram eliminar a hoste de ratos.
No porão eles
encontraram os restos de um corpo de vestes religiosas – o sacerdote
desaparecido deste templo. Também encontraram a terceira fonte de energia
espiritual: alguns fetiches danificados e outros destruídos, roídos pelos
ratos.
O lócus não era aqui,
concluíram, restando agora investigarem a fonte de energia espiritual da
floresta.
Quem é
Quem: Personagem Jogador
Kurayami é um ex-monge xintoísta e era
membro da alcatéia Byakuren (Lótus Branca) na província de Tokushima. Sua
alcatéia era mista, composta por Aqueles que Caçam nas Trevas e Senhores das
Tempestades.
A maior das alcatéias
da região, Byakuren (Lótus Branca), era subdividida em duas alcatéias menores:
Yoake (Amanhecer) e Yügure (Entardecer), e foi na região do Gin no Taki
(Cachoeira Prateada) que Oniushitora surgiu pela primeira vez, dominando a
região. Com a união das sete alcatéias de Tokushima e a derrota do poderoso
Incarnae Magath, a cachoeira, um poderoso lócus, foi destruída.
Apenas um membro do
Amanhecer sobreviveu, Kurayami, e apenas um membro do Entardecer sobreviveu,
Watari Sanosuke, um Senhor das Tempestades.
Kurayami se isolou
nas montanhas, longe da civilização e das tradições do povo Uratha.
Recebeu a visita de
Sanosuke, que lhe explicou que um Uratha de fora pretendia reunir os Urathas
espalhados de Tokushima e formar uma nova alcatéia para proteger a província.
Sanosuke não se interessou pelo forasteiro vir se intrometer no território
deles, mas não podia impedir Kurayami de se unir a eles se desejasse.
Meses
de isolamento podiam fazer mal a Kurayami, e a chance de pertencer a uma nova
família seria uma tentativa de relembrar os bons momentos com sua antiga
alcatéia.
Jogador: Fabrício Couto
Quem é
Quem: Antagonista Beshilu
As hostes do Rato são aspectos da
loucura de um antigo inimigo do Pai Lobo, o Rei da Pestilência, que ao ser
confrontado dividiu-se em milhares de fragmentos e implantou cada um deles no
corpo de um rato vivo do mundo físico, perdendo sua ligação com o mundo
espiritual.
Os Beshilu odeiam os
Uratha e vivem em grandes chusmas que podem com o tempo e canibalismo assumir
outros aspectos, mais poderosos e mais inteligentes. É raro que sejam tão
fortes quantos os Urathas, mas quando passam a viver em grandes grupos deixam
de fugir, passando a caçá-los e confrontá-los. Outros preferem apenas roer o
Dromo, facilitando a travessia de espíritos do Reino das Sombras para o mundo
físico, na louca esperança de reconstruir a entidade que costumavam ser antes.
Quando destruídos, uma ninhada de ratos deixa seus corpos, e se apenas um deles
conseguir fugir, poderá tentar reconstruir a hoste em outro local.
A ninhada Beshilu que
a alcatéia encontrou era pequena, com apenas dois membros formados. Estavam
mais preocupados em roer o Dromo do que enfrentar os Urathas, mas devido à
situação, lutaram para se defender. Infelizmente para a alcatéia, vários ratos
da ninhada conseguiram fugir e podem voltar algum dia.
Bom caro leitor, em breve a terceira sessão... e cuidado ao sair em noite de lua cheia!
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